Promulgação da Lei da Trapaça – Pablo Neruda

Eles se declararam patriotas.
Nos clubes se condecoraram
e foram escrevendo a história.
Os Parlamentos ficaram cheios
de pompa, depois repartiram
entre si a terra, a lei,
as melhores ruas, o ar,
a Universidade, os sapatos.

Sua extraordinária iniciativa
foi o Estado erigido dessa
forma, a rígida impostura.
Foi debatida, como sempre,
com solenidade e banquetes,
primeiro em círculos agrícolas,
com militares e advogados.
Por fim levaram ao Congresso
a Lei suprema, a famosa,
A respeitada, a intocável
Lei da Trapaça.
Foi aprovada.

Para o rico a boa mesa.

O lixo para os pobres.

O dinheiro para os ricos.

Para os pobres o trabalho.

Para os ricos a casa grande.

O tugúrio para os pobres.

O foro para o grão-ladrão.

O cárcere para quem furta um pão.

Paris, Paris para os señoritos.

O pobre na mina, no deserto.
O senhor Rodríguez de la Crota
falou no Senado com voz
melíflua e elegante.
“Esta lei, afinal, estabelece
a hierarquia obrigatória
e, antes de tudo, os princípios
da cristandade.
Era tão necessária quanto a água.
Só os comunistas, chegados
do inferno, como se sabe,
podem combater este Código
da Trapaça, sábio e severo.
Mas essa oposição asiática,
vinda do sub-homem, é simples
refreá-la: todos na cadeia,
no campo de concentração,
assim ficaremos somente
os cavalheiros distintos
e os amáveis yanacones*
do Partido Radical.”

Vibraram os aplausos
dos brancos aristocráticos:
que eloquência, que espiritual
filósofo, que luminar!
E foi cada um encher correndo
Os bolsos com seus negócios,
Um açambarcando o leite,
outro dando o golpe no arame,
outro roubando no açúcar,
e todos se chamando em coro
patriotas com o monopólio
do patriotismo, consultado
também na Lei da Trapaça.

  • yanacones: índios araucanos, dóceis, a serviço dos conquistadores espanhóis.

Em, Canto Geral, Pablo Neruda
Tradução: Paulo Mendes Campos

Galbraith – sempre atual

The modern conservative is engaged in one of man’s oldest exercises in moral philosophy; that is, the search for a superior moral justification for selfishness.

John Kenneth Galbraith

O conservador moderno está comprometido com um dos mais antigos exercícios da filosofia moral, que é a  procura de uma justificativa moral superior para egoísmo.

Tradução: Paulo Martins – dialogosessenciais.com

Financing Climate Safety – Jeffrey Sachs

We share The first two paragraphs of an article on financing climate safety written by Jeffrey Sachs. To read the complete article, please go to “project-syndicate.org” as informed at the end of the second paragraph.

Paulo Martins – dialogosessenciais.com

NEW YORK – The purpose of the global financial system is to allocate the world’s savings to their most productive uses. When the system works properly, these savings are channeled into investments that raise living standards; when it malfunctions, as in recent years, savings are channeled into real-estate bubbles and environmentally harmful projects, including those that exacerbate human-induced climate change.
The year 2015 will be a turning point in the effort to create a global financial system that contributes to climate safety rather than climate ruin. In July, the world’s governments will meet in Addis Ababa to hammer out a new framework for global finance.

The meeting’s goal will be to facilitate a financial system that supports sustainable development, meaning economic growth that is socially inclusive and environmentally sound. Five months later, in Paris, the world’s governments will sign a new global agreement to control human-induced climate change and channel funds toward climate-safe energy, building on the progress achieved earlier this month in negotiations in Lima, Peru. There, too, finance will loom large.

Read more at http://www.project-syndicate.org/commentary/fossil-fuels-carbon-pricing-tax-by-jeffrey-d-sachs-2014-12#EccJMWgyrGMWzKmb.99

Um ponto de partida para 2015 – José Graziano da Silva

Compartilho artigo publicado no Jornal Valor Econômico, de hoje, escrito por José Graziano da Silva. O texto trata da distribuição de renda, erradicação da fome e redução da miséria. O autor é diretor-geral da FAO/Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação e seu currículo pode ser encontrado ao final do texto. Entendo que o principal ponto do texto é a afirmação, exaustivamente repetida nos últimos anos, de que “o mundo produz alimentos suficientes para abastecer toda a humanidade. O elemento escasso é o acesso à distribuição equitativamente da oferta disponível”. Mesmo assim, 800 milhões de pessoas passam fome no mundo.

Paulo Martins

26/12/2014

Um ponto de partida para 2015

Por José Graziano da Silva
O lema da Revolução Francesa – Liberdade, Igualdade e Fraternidade – tem guiado sociedades mundo afora nos últimos dois séculos. Seus Continue lendo “Um ponto de partida para 2015 – José Graziano da Silva”

You are so beautiful – Joe Cocker

Diálogos Essenciais

You are so beautiful to me
You are so beautiful to me
Can’t you see
You’re everything I hoped for
You’re everything I need
You are so beautiful to me

Such joy and happiness you bring
Such joy and happiness you bring
Like a dream
A guiding light that shines in the night
Heavens gift to me
You are so beautiful to me

A guiding light that shines in the night
Heavens gift to me
You are so beautiful to me

Ver o post original

You are so beautiful – Joe Cocker

You are so beautiful to me
You are so beautiful to me
Can’t you see
You’re everything I hoped for
You’re everything I need
You are so beautiful to me

Such joy and happiness you bring
Such joy and happiness you bring
Like a dream
A guiding light that shines in the night
Heavens gift to me
You are so beautiful to me

A guiding light that shines in the night
Heavens gift to me
You are so beautiful to me

Consenso Míope

Estamos observando, nestes tempos pós-eleição, o esforço da mídia empresarial em construir um consenso em favor da adoção de medidas econômicas de redução de gastos públicos como a única hipótese capaz de levar a economia de volta ao crescimento econômico. Não são discutidos, em detalhe, os custos sociais das medidas prescritas. Ou estes custos e riscos são citados superficialmente, considerados temporários, ou são vistos como efeitos colaterais inevitáveis e, para alguns, desejáveis. Este é o caso, por exemplo, da redução do custo médio dos salários e do aumento do desemprego.
Observamos na Europa, nos Estados Unidos e no Japão ampla discussão sobre o assunto e a adoção de políticas econômicas restritivas está longe de ser consenso.
Chamo de consenso míope o samba de uma nota só que a mídia empresarial do Brasil adotou.
Publicamos, a seguir, os três primeiros parágrafos de artigo de Robert Skidelsky, que discute a situação da Inglaterra. Para ler o artigo completo, acesse “project-syndicate.org”. A leitura do artigo até o seu final é fundamental para entendimento do ponto de vista do autor.

LONDON – There is a growing apprehension among Britain’s financial pundits that Chancellor of the Exchequer George Osborne is not nearly as determined to cut public spending as he pretends to be. He sets himself deadlines to balance the books, but when the date arrives, with the books still unbalanced, he simply sets another.
Consider some fiscal arithmetic. When Osborne became Chancellor in 2010, the budget deficit – spending minus revenue – was £153 billion ($239 billion), or 10.2% of GDP. He promised that by 2015 the deficit would stand at only £37 billion, or 2.1% of GDP – equivalent to balancing current spending and revenue. Instead, the deficit for 2014-2015 is expected to be £97 billion. The conclusion of Osborne’s balancing act has been postponed until the 2019-2020 budget.

Osborne talks about the need to cut spending, but his actions say otherwise. Though he vowed to reduce spending by more than £100 billion by now, he has cut less than half of that, simply extending his five-year rolling program of cuts for another few years. As a result, Osborne, the poster child for British austerity, is starting to look like a closet Keynesian.

Read more at http://www.project-sindicaste.org/commentary/osborne-deficit-growth-by-robert-skidelsky-2014-12#6SIuiigdVX2SwtOP.99

Imbróglio Embrulhado – infelizmente verídico

O “embrulho” ocorreu em plena luz do dia,
No banheiro moderno, da sede,
De uma grande empresa
De nossa economia.

Trata-se de “embrulho” bem atual,
Refletindo o estado em que se encontra
O respeito aos direitos humanos
Em solo nacional.

Necessitando ir ao banheiro
Nosso herói, cadeirante,
Deu de cara na porta;
Outro usuário, supostamente carente,
Havia chegado na frente.

Banheiro totalmente adaptado,
Exclusivo para portador de necessidade especial,
Havia, no andar, somente o tal,
Sendo todos os demais, coletivos,
De uso social.

Passados vinte minutos de espera silenciosa,
Nosso cadeirante aflito
Bateu na porta, educadamente,
Sem intenção de conflito.

Não logrando êxito em seu intento,
Em vez de ficar no lamento,
Nosso herói cadeirante,
Solicitou presença do segurança
Em tão inusitado evento.

Tão logo chegou ao local,
O segurança bateu na porta, educado;
De nada adiantou este gesto estudado,
O que devia ser esperado.

Vejam o cenário, inusitado,
Cadeirante precisando usar
Banheiro especial, ocupado,
Com diversos sanitários vazios
No banheiro coletivo, ao lado.

Após espera nervosa,
Necessitando solução,
O segurança esmurrou a porta, com força,
Para provocar reação.

Vocês não vão acreditar no desfecho, anormal,
Eis que sai do banheiro,
Um homem saudável, lépido e fagueiro,
Sem camisa, indignado,
Aos gritos, reivindicando, seu direito individual,
De também usar o banheiro exclusivo, de uso especial,
Pois, conforme o seu raciocínio,
Também é um ser humano, portador de direito igual.

Mesmo chocado,
Nosso herói cadeirante,
Não permaneceu passivo ou calado,
Retrucou de imediato, irônico, embora educado:
Igual a mim você ainda não é,
Só será quando não mais puder, sozinho,
Sustentar-se em pé.
Este sanitário é adaptado,
O único que posso acessar,
Com a cadeira de rodas,
Neste ou em qualquer outro andar.
Raciocinando com calma,
Tento entender o que lhe vai na alma,
Carente afetivo, individualista/individual,
Talvez você seja, por isso,
Legítimo portador de necessidade, sempre, em tudo, especial.

Os Inocentes do Leblon – Carlos Drummond de Andrade

Os inocentes do Leblon
não viram o navio entrar.
Trouxe bailarinas?
trouxe imigrantes?
trouxe um grama de rádio?
Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram,
mas a areia é quente, e há um óleo suave
que eles passam nas costas, e esquecem.

xxxxxxxxxxxxx

Não importa o que traz ou o que leva o navio carregado.
Inocente, omisso, escondido ou envergonhado … É tudo passado.
O inocente reaparece, engajado,
Do lado errado.

Inequality and the American Child

Inequality and the American Child
Joseph E. Stiglitz
NEW YORK – Children, it has long been recognized, are a special group. They do not choose their parents, let alone the broader conditions into which they are born. They do not have the same abilities as adults to protect or care for themselves. That is why the League of Nations approved the Geneva Declaration on the Rights of the Child in 1924, and why the international community adopted the Convention on the Rights of the Child in 1989.
Sadly, the United States is not living up to its obligations. In fact, it has not even ratified the Convention on the Rights of the Child. The US, with its cherished image as a land of opportunity, should be an inspiring example of just and enlightened treatment of children. Instead, it is a beacon of failure – one that contributes to global sluggishness on children’s rights in the international arena.
Though an average American childhood may not be the worst in the world, the disparity between the country’s wealth and the condition of its children is unparalleled. About 14.5% of the American population as a whole is poor, but 19.9% of children – some 15 million individuals – live in poverty. Among developed countries, only Romania has a higher rate of child poverty. The US rate is two-thirds higher than that in the United Kingdom, and up to four times the rate in the Nordic countries. For some groups, the situation is much worse: more than 38% of black children, and 30% of Hispanic children, are poor.
To continue reading, please go to: project-syndicate.org

Violência contra as mulheres no Brasil

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O Escritório de Direitos Humanos da ONU, em colaboração com a ONU Mulheres, desenvolveu um modelo de protocolo para guiar investigações e processos relacionados a assassinatos de mulheres baseados na questão de gênero na América Latina.
Em entrevista à Rádio ONU, de Brasília, a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, falou sobre estatísticas de violência de gênero contra mulheres no país.
Assassinatos
“Na última década mais de 43 mil mulheres brasileiras foram assassinadas. Isto quer dizer uma a cada duas horas e a maioria foi no ambiente doméstico.”
Ela disse ainda que estes números não refletem toda a realidade, uma vez que não há estatísticas totais.
Nadine Gasman falou sobre o modelo de protocolo desenvolvido pela agência da ONU.
Modelo
“É um modelo de protocolo latino-americano para investigar as mortes violentas de mulheres por ações de gênero, ou que nós falamos femicídio ou feminicídio. Nasceu como uma ferramenta didática produzida no contexto da campanha do secretário-geral, especialmente porque dentro da campanha o tema do feminicídio foi identificado como um dos mais importantes na América Latina. E também porque além do número de mulheres que são assassinadas na região, vimos que o tema da impunidade era um dos problemas mais importantes.”
HeforShe
Durante a entrevista, a representante também citou a campanha HeforShe, ou “Ele por Ela” contra a violência.
“Esta campanha é uma campanha muito importante para trabalhar com os determinantes da violência contra mulheres e para envolver os homens e os meninos e mudar os esteriótipos de gênero que são o que fazem tanto dano para as mulheres, mas também para os homens. Faz uns dias, por exemplo, vimos que tinha mais de 160 mil homens de todo o mundo registrados no HeforShe. No Brasil contamos com 3,2 mil.”
Segundo Nadine, esta é a repercussão do lançamento mundial. Ela afirmou que há planos de fazer um lançamento no Brasil nos próximos meses, o que espera aumentar o envolvimento dos homens no país.
A campanha HeforShe pela igualdade de gênero foi lançada na sede das Nações Unidas em Nova York no dia 20 de setembro e contou com a participação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e da embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres, a atriz britânica Emma Watson.
A iniciativa busca mobilizar homens e meninos na luta pelos direitos das mulheres.
Publicado originalmente em radio onu.

Fome na América Latina – ONU

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, afirmou que a América Latina e o Caribe precisam de apenas um “empurrão” para atingir o objetivo da Conferência Mundial de Alimentos.
Segundo o relatório “Panorama da Segurança Nutricional e de Alimentos 2014” divulgado esta quarta-feira, a região alcançou 92% da meta de reduzir pela metade o número de pessoas que passam fome.
Esforço Redobrado
A agência da ONU explica que para que isso aconteça é preciso retirar 2,7 milhões de pessoas da fome até o fim de 2015. Os especialistas afirmam que será necessário um esforço redobrado dos governos já que a média de redução das últimas duas décadas é de 1,4 milhão de pessoas por ano.
Segundo a FAO, 11 países da região atingiram a meta da Conferência Mundial, entre eles, o Brasil. De acordo com o relatório, a América Latina e o Caribe conseguiram reduzir o número de famintos de 68,5 milhões em 1990 para 37 milhões agora.
A maior queda foi registrada na América Latina, que tinha, há 20 anos, 60,3 milhões pessoas passando fome e atualmente tem 29,5 milhões. No Caribe, a redução não chegou a 10%, de 8,1 milhões para 7,5 milhões durante o mesmo período.
ODMs
Já em relação aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, ODMs, lançados pela ONU em 2000 e que têm como prazo final dezembro de 2015, a região, como um todo, alcançou a meta.
Os países cortaram o índice de famintos de 15,3% em 1990 para 6,1% atualmente. Isso foi alcançado antes mesmo do prazo final no ano que vem.
Entre os 14 países que já atingiram a meta estão Brasil, Argentina, Barbados, Chile, Cuba e México. Ainda na lista aparecem Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Segundo a ONU, quatro outras nações, Bolívia, Colômbia, Honduras e Suriname conseguiram atingir 90% da meta.
Sucesso
O relatório da FAO afirma que a principal razão para o sucesso da região foi o alto compromisso político dos governos na implementação de políticas de segurança alimentar.
Ainda de acordo com o documento, a erradicação da fome na América Latina e no Caribe foi fortalecida pela adoção de uma nova iniciativa caracterizada por uma visão ampla do problema dos alimentos e da segurança nutritiva.
Segundo a agência da ONU, os países implementaram vários instrumentos de controle para avaliar os problemas sociais a curto prazo e, também, para produzir mudanças estruturais que levem a soluções permanentes a longo prazo.
Publicado originalmente na Rádio ONU.

OMS – milhões de idosos sofrem abusos todos os meses

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Agência da ONU diz que esse é um grande problema de saúde pública no mundo; número de pessoas com mais de 60 anos vai chegar a 1,2 bilhão até 2025. Idosos têm medo de denunciar abusos. A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou que milhões de idosos relatam diversos tipos de abusos todos os meses. Segundo a OMS, esse é um grande problema de saúde pública que tende a piorar em vários países com a previsão do aumento da população de pessoas com mais de 60 anos. Pouca Informação A agência da ONU cita que os abusos em asilos e clínicas especializadas incluem a contenção física dos pacientes, privação da dignidade, como por exemplo deixá-los com roupas sujas e prestação insuficiente de cuidados. A OMS declarou que existe muito pouca informação sobre a extensão dos abusos cometidos contra pessoas mais velhas, principalmente nos países em desenvolvimento. A organização calcula que num período de 30 anos, entre 1995 e 2025, a população acima dos 60 anos vai mais do que dobrar, passando de 542 milhões para 1,2 bilhão.

Medo

A agência diz que os idosos geralmente têm medo de denunciar abusos para a família, amigos ou até mesmo às autoridades. A OMS cita o Relatório sobre Prevenção da Violência, lançado esta semana, que mostrou uma pesquisa feita com trabalhadores de asilos nos Estados Unidos. Os dados mostram que 36% deles presenciaram algum caso de abuso contra um idoso no último ano. Outros 10% disseram que eles próprios cometeram pelo menos um caso de abuso físico contra pessoas mais velhas. A pesquisa mostrou ainda que 40% dos trabalhadores de asilos americanos confessaram ter abusado psicologicamente dos pacientes durante o mesmo período. A OMS adverte que as consequências desses tipos de abusos podem ser muito sérias já que os ossos das pessoas idosas são mais frágeis e a recuperação muito mais longa.

Publicação original da rádio ONU.